segunda-feira, 28 de março de 2011

Anseios?

Sabe... Eu não sou poeta, por mais que eu me esforce pra me expressar em palavras, sou melhor em imagens, desenhos, pinturas... Palavras não, eu fui um dia, muito boa em palavras de amor (sinceras ainda), the past must die sometimes.


Eu agradeço ao Senhor bom Deus por hoje sentir a dor da saudade mas não ignorar mais o carinho mínimo que eu recebo de outros, isso é gratificante. Evoluir, sempre!


Como eu já faço tudo isso aqui de diário mesmo, vou despejar minha duvida mais cricrí: ter a aparencia de que está bem, firme e forte é essencial para conquistar as pessoas, ou no mínimo, mantê-las perto, eu tenho feito muito, muito disso, já dá pra deduzir o que eu viso em troca disso. Eu gosto da minha vida, eu gosto da vida, espero que não se enganem em achar o contrario. Meu problema não é viver, viver é bom também, o que não me faz ficar bem do jeito que ando é minha familia, é minha casa, é minha miséria. Depois de tantos anos o problema aqui ainda é o mesmo e eu sei que a unica coisa que eu tenho q fazer é "esperar até os 18 e get out of here!", but... Nem sempre é tão facil esperar os anos passando. Ou melhor, não é, porque anos são tempo, tempo onde se constrói coisas, e com o sofrimento que eu espero passar, eu construio mágoas e quem sabe até traumas. As coisas melhoraram muito ultimamente, sou eternamente grata por isso, até ando com um colar novo agora, reciclado, pra me lembrar sempre que também existem noites perfeitas nessa vida, que bons momentos também existem, disso eu não reclamo, mas eu queria que os problemas viessem apenas do lado de fora da porta... Dentro é 100x mais complicado, Porque: eu não mando, eu não significo nada, eu não sou nada, eu sou/me sinto apenas um peso morto inutil que traz mais desordem e despesas para o lar, eu ocupo espaço, e o pior de tudo, é que eu me deprimo muito facil com tudo isso... Quem poderia tar tornando o ambiente agradavel anda só piorando as coisas, sim, sim sim... E eu não estou pirando. Eu ando estressada por isso, quebrei um copo, saí de casa e voltei no outro dia, bati na carteira da escola num momento de irritação e tive que me explicar pelo surto repentinuo (e olha que eu me segurei em todos os momentos para não fazer pior), que bosta... Todos tem pontos fracos, todos tem coisas que afetam profundamente lá dentro, eu não vou negar os meus como todo mundo, prefiro não expor facilmente (eu exponho aqui pq ninguém lê mesmo), mas eu não piso nos pontos dos outros sem motivo como fazem, eu não desprezo ou afasto pessoas por terem pontos fracos, mas as pessoas tem impulsos egoístas de achar que podem pisar nos meus, eu andei discutindo por esse motivo, não abaixei minha cabeça, me defendo com unhas e dentes, mas isso também cansa, lutas 24h dentro e fora de casa, eu mal tenho tempo para me sentir tranquila o suficiente pra repor minhas forças, viver resgatando forças com horas contadas não é legal, confesso. Pq será que nessas horas desejamos tanto abraços, beijos, afagos? Não queria momentos tristes cultuados de formas romanticas, queria momentos felizes para levantar minha moral, repor minhas forças. Adoraria alegrar momentos por aí, fora das escolas e de casa... O mundo é grande e as pessoas andam em bandos e pensam em comum. Talvez eu me comporte um pouco como Dalí fez nessa idade, mas não posso evitar, andar diferente e só é o minimo que me agrada ao andar na rua, se ando comum me sinto mal como se quisesse arrancar minha pele e mostrar como sou de verdade. Quero risadas novamente, quero companhia novamente, quero ser legal novamente.

sexta-feira, 25 de março de 2011

LoucurasDaIdade(?)

A coisa mais cruel da vida é crescer, no começo poucas palavras são tudo, depois aprendemos q tem milhões de coisas por traz delas. Eu descobri comigo mesma que eu quero ter 16 anos pelo menos um pouco na vida, que eu aprecio, amo, sou louca por gente madura e mais velha, culta, inteligente, mas mesmo assim, ser criança é saber que tem aquela liberdade de ser idiota, uma vez ou outra saber disso, mas ainda sim vibrar intensamente, e eu gosto muito de sentir isso, mesmo dentro de toda minha estrutura curiosamente precoce, acho que só agora eu to vendo que estou perdendo um pouco desse lado infantil, só agora.


          Eu quero sair, eu quero beber, eu quero beijos, eu quero juras de amores eternos que sei que vão durar até amanhã, eu quero voltar dias depois, eu quero sumir, eu quero andar de madrugada, eu quero gritar no meio do nada, eu quero companhia, eu quero atenção, eu quero me contagiar com energias vibrantes e senti-la por dentro tão viva quanto nunca, nunca, nuncaaa... Eu quero abraços, eu quero sentir a noite fluir, eu quero sexo, eu quero conversar num quarto escuro numa madruga qualquer, eu quero me sentir compreendida novamente (mesmo sabendo que é mentira), eu quero presentes, eu quero sorrisos, eu quero... continuar nessa minha louca adolescência...

quinta-feira, 24 de março de 2011

Saída (rotina)

Sabe aquela cantiga que o Bilbo Bolseiro canta quando anda? Eu não lembro exatamente, no momento não tô realmente afim de buscar a letrinha, mas até que é divertido ter uma cantiga só pra andar por aí, hoje em dia temos as nossas em formato mp3, e um monte de coisas pra ouvi-las... Anyway, hoje comecei o dia com vontade de ouvir Charon, quando achei no mp3 player eu dei play numa musica antes de entrar o CD do Charon, deixei tocando Rasputina enquanto me arrumava, aí na rua começa com a vibrante Colder, eu andava um pouco agitada, tentava acompanhar a batida mas estava com o meu proprio ritimo, e feliz, tanto q andava sorridente até o ponto de onibus, ultimamente ando achando meu sorriso meio bobo por sorrir pelas minimas coisas, mas sou apaixonada por ele por ele ser tão sincero, ah, esses motivos do meu orgulho-próprio... Saí atrasada, não tava com pressa de chegar no SENAI, nenhuma mesmo, saí umas 7h de casa aproximadamente. O onibus demora muito, então eu sento na calçada, nem preciso ficar espiando se ele vem ou não, o povo chega junto quando chega algum... Hoje não deu pra pegar meu busão preferencial então catei um Hosp. da Clínicas, não gosto, mas catei, e ele andou só alguns metros e já estava parado no onibus, até aí o dia já tinha começado meio mal, mal acordei já tava tomando eno e coisas assim... Sono... Mimimimi... Não faz mal, foi quando o bus ficô preso no transito que as coisas começaram a melhorar: eu tirei a camera da mala e fiquei tirando fotos do espelho que fica em cima da porta (não tinha lugar então fiquei por lá mesmo), já é o segundo dia que faço algo do tipo, legal é reparar nas pessoas ao redor, elas ficam curiosas, talvez com medo que eu mire a camera pra elas também, aí mágicamente desceram pessoas no meio do nada e sentei, ainda com a camera na mão comecei a rever fotos dos bons momentos que eu não deletei. Já deletei tantas fotos daquela camera, fotos que me arrependi depois de ter excluido, e com isso comecei a deixar algumas boas lá pra ficar vendo em tempos de tédio (como eu fazia naquele momento), via as minimas coisas das fotos, os buracos da rua, as luzes dos carros, os resultados dos momentos de mal de Parkison (que na maior parte das vezes eu acho bem interessantes), os amigos, os Robet's, qualquer coisa... Com isso comecei a rezar pro transito não passar (hahaha), eu estava sentada no banco do final do corredor do onibus, aquele mesmo, o que dá pra encarar qualquer ser que entra, e estava com uma camera na mão, nada melhor pra assustar os outros hauhauaha, eu poderia não estar tirando fotos, mas as pessoas ficavam com medo de que estivesse, incrivel reflexão, não? As pessoas adoram tirar fotos na maioria das vezes, aparecer por aí, mas elas temem tanto serem zuadas depois, o que será que uma garota com uma camera dentro do onibus pode fazer? Nem eu sei '-'. Fiquei assim até acabar a bateria da maquina, então chegou os pontos proximos do SENAI, geralmente eu já começo a ficar desconfortavel só de passar o tietê, mas como o moço do lado já tinha falado que eram 8h, nem me preocupei e formulei um esqueminha de ação: vou descer no centro \o/ MAH OE, e lá fiquei. Fiquei olhando os prédios antigos contrastando com os rescentes, as vezes olhava para os nomes das ruas, me entristeci quando vi grafittis que passei várias vezes na minha infancia tinham sido apagados, não faz mal, outros virão em seu lugar... Ah, como eu amo estar no centro, o clima é tão interessante, os prédios antigos tão charmosos, as coisas são diferentes e intensas, como aquela lanchonete "o gato que ri" xD, acho tão engraçado, passo por ela a minha vida toda, espero que não venha a falhir, é outro ponto de charme da capital. Nos muros do cemitério tem uma pixação inteligente escrito "Você é escravo do transito!", realmente, mas naquele momento eu estava me divertindo muito com o tránsito também, quando o busão chegou na Paulista eu desci e comecei a andar alegremente por entre os faróis, quebrando um pouco o ritimo dos trabalhadores, eu andava meio correndo, meio pulando e sorrindo, parava e olhava pras coisas, andava de vagar, tirava algumas fotos com as migalhas de bateria que se recuperaram, mas me deprimi um pouco, bom... O que se passa na minha cabeça é um mistério, quem vai saber o tal motivo serei apenas eu, ou alguém que consiga me fazer me sentir tranquila o suficiente para falar espontaneamente ele... Enfim, era tão bom andar por lá, o sol estava radiante, e havia alguns seres curiosos na rua, era bom, muito bom. Andei algumas estações de metrô, queria sempre saber o que tinha de lekal à frente, até que uma hora o caminho pareceu não tão surpriendente, entrei numa estação qualquer lá, e fiquei viajando nas coisas, começou a tocar Crazy Train do tio Ozzy, e eu fiquei imaginando como a rotina dos outros matava um possivel clima divertido daquele vagão, ou do metrô inteiro, poderia ser tão mais legal, se eu não estivesse só, se eu estivesse com uma companhia animada, eu estaria fazendo a festa lá cantando despreocupadamente I'm gonna out the rails with the crazy traiin (8), mas eu não estava, então, me contento só em ser uma visão diferente aos olhos das pessoas por lá, artista da existencia talvez, talvez, talvez... Ainda vou tirar umas fotos legais, no caminho do metrô até em casa pensei em várias fotos fodonicas, ah, como as pessoas perdem em não serem minhas amigas pra tirar fotos comigo ahuahauh.


Na estação em que desci havia um piano.

sexta-feira, 18 de março de 2011

O Campo

Naquele belo campo haviam todo tipo de plantinhas e flores silvestres, e por isso o ar era sempre refrescante e perfumado, não havia quem passasse por este campo, seja de dia ou de noite, que não esboçasse um sorriso, as sensações boas que ele oferecia eram verdadeiramente mágicas. Talvez houvesse mesmo alguma magica neste campo, que o tornava tão especial aos corações dos transeuntes, de onde ela viria? Poucos dos que passavam por lá sabiam, que perto das arvores morava uma moça, linda e de coração puro como um anjo, e amiga de tudo que lá havia, e que de lá cuidava, raramente vista pelas pessoas, vivendo em um curioso isolamento opcional, de poucos amigos humanos. As plantas que ela semeara sempre nasciam, e sempre estava perto para cuidar delas, e os passaros sempre ficavam ao seu redor, mas pouco se sabia além disso dessa tal menina. Até que certo dia ela conheceu um caçador, sem saber de sua profição exatamente, ficaram bem amigos, até ele levá-la para passear e matar algum bixo indefeso e ela correu, retornando à sua casa oculta, e o caçador correu atraz dela. Por ironias do destino, a magia branda e que dava vida que havia nela nunca havia conhecido o sentimento de amor com alguém de sua mesma espécie até tal momento, e como seu coração de moça é sensivel como o de toda jovem mulher, e sem experiencia, acreditou nas juras do jovem caçador e abriu a porta. Consequentemente, sua falta de experiencia foi mortal: não a levou a morte física, mas sim a morte de seu espirito, ele matava os animais que ela tanto amava, ele pisava nas flores que um dia ela plantara, ele não sabia apreciar a vida como ela. O céu, que ela tanto amava olhar, ver cada detalhe, cada nuvem que lá havia, cada tom que ele ficava, cada pequena coisa, assim como na terra ela via, para ele não significava nada, soava apenas como besteira... E ele assim acorrentou seu coração, acreditando que ele seria a chave da sua felicidade, ele realmente foi: a do baú que trancou a felicidade dela longe dela mesma. E os dias começaram a passar, como torturas interminaveis, adotando um modo de vida que não era dela e a magoava, ela começou a adoecer, e estranhamente seu cabelo começou a se tornar crisálio e seus olhos se tornaram vazios e amedrontadores para quem era visto por eles. O caçador, sendo um jovem homem, e ambicioso, começou a vê-la como pouco, cada vez menos para ele, e ele assim a levou para o mesmo campo onde a encontrou e a deixou lá, e ela não relutou, pediu apenas uma faca, que ele não ligou em lhe entregar, e assim se foi para nunca, nunca mais...

Ela não ligou em vê-lo partir, não olhou para ele, estava sem forças, e mesmo que tivesse, não olharia para ele, com a faca na mão, apertava ela sem querem enquanto rastejava pela relva que agora se tornara selvagem, rastejou até a arvore mais proxima e recostou nela, olhava o céu com os olhos molhados e se perguntava por que o amor era tão cruel, estufou o peito e usou as ultimas forças que lhe restavam para se sentar com dignidade e enfia a faca no peito, no momento que iria fazê-lo, uma estranha pessoa segurou suas mãos tremulas e tirou a faca de sua mão rapidamente, e com a mesma rapidez a envolveu com uma estranha capa e a levou, com a falta de forçar, o tranco desses atos a fez desmaiar. Quando acordou estava na frente de uma lareira, em uma cama confortável, olhando ao redor viu a pacata sala, onde havia um rapaz cochilando num dos cantos das paredes, parecendo-lhe desconfortavel, e com os ruidos dela tentando se levantar ele acordou e foi rapidamente aos pés da cama onde ela estava e lhe perguntou se necessitava de algo, ela nada respondeu, mas seus olhos se inundaram de lágrimas e ele a abraçou, assim começou uma curiosa amizade, entre eles as coisas eram estranhamente tranquilas, e ambos amavam a natureza, embora ele não vivesse como ela vivera até pouco tempo, ele respeitava isso, e a admirava, e essa deliciosa amizade durou por anos e anos, tranquilos anos, onde ambos aprenderam muito um com o outro, e construiram um amor, livre de egoismos, onde ambos faziam o que realmente gostavam e viviam felizes no campo, que agora cuidavam juntos, e semeavam muitas arvores e plantinhas silvestres e viviam felizes até o fim de suas vidas...


(Perdão pelo texto sem sal, não foi exatamente para ter alguma graça, fiz pq estava precisando me expressar em palavras dessa vez...)