sexta-feira, 18 de março de 2011

O Campo

Naquele belo campo haviam todo tipo de plantinhas e flores silvestres, e por isso o ar era sempre refrescante e perfumado, não havia quem passasse por este campo, seja de dia ou de noite, que não esboçasse um sorriso, as sensações boas que ele oferecia eram verdadeiramente mágicas. Talvez houvesse mesmo alguma magica neste campo, que o tornava tão especial aos corações dos transeuntes, de onde ela viria? Poucos dos que passavam por lá sabiam, que perto das arvores morava uma moça, linda e de coração puro como um anjo, e amiga de tudo que lá havia, e que de lá cuidava, raramente vista pelas pessoas, vivendo em um curioso isolamento opcional, de poucos amigos humanos. As plantas que ela semeara sempre nasciam, e sempre estava perto para cuidar delas, e os passaros sempre ficavam ao seu redor, mas pouco se sabia além disso dessa tal menina. Até que certo dia ela conheceu um caçador, sem saber de sua profição exatamente, ficaram bem amigos, até ele levá-la para passear e matar algum bixo indefeso e ela correu, retornando à sua casa oculta, e o caçador correu atraz dela. Por ironias do destino, a magia branda e que dava vida que havia nela nunca havia conhecido o sentimento de amor com alguém de sua mesma espécie até tal momento, e como seu coração de moça é sensivel como o de toda jovem mulher, e sem experiencia, acreditou nas juras do jovem caçador e abriu a porta. Consequentemente, sua falta de experiencia foi mortal: não a levou a morte física, mas sim a morte de seu espirito, ele matava os animais que ela tanto amava, ele pisava nas flores que um dia ela plantara, ele não sabia apreciar a vida como ela. O céu, que ela tanto amava olhar, ver cada detalhe, cada nuvem que lá havia, cada tom que ele ficava, cada pequena coisa, assim como na terra ela via, para ele não significava nada, soava apenas como besteira... E ele assim acorrentou seu coração, acreditando que ele seria a chave da sua felicidade, ele realmente foi: a do baú que trancou a felicidade dela longe dela mesma. E os dias começaram a passar, como torturas interminaveis, adotando um modo de vida que não era dela e a magoava, ela começou a adoecer, e estranhamente seu cabelo começou a se tornar crisálio e seus olhos se tornaram vazios e amedrontadores para quem era visto por eles. O caçador, sendo um jovem homem, e ambicioso, começou a vê-la como pouco, cada vez menos para ele, e ele assim a levou para o mesmo campo onde a encontrou e a deixou lá, e ela não relutou, pediu apenas uma faca, que ele não ligou em lhe entregar, e assim se foi para nunca, nunca mais...

Ela não ligou em vê-lo partir, não olhou para ele, estava sem forças, e mesmo que tivesse, não olharia para ele, com a faca na mão, apertava ela sem querem enquanto rastejava pela relva que agora se tornara selvagem, rastejou até a arvore mais proxima e recostou nela, olhava o céu com os olhos molhados e se perguntava por que o amor era tão cruel, estufou o peito e usou as ultimas forças que lhe restavam para se sentar com dignidade e enfia a faca no peito, no momento que iria fazê-lo, uma estranha pessoa segurou suas mãos tremulas e tirou a faca de sua mão rapidamente, e com a mesma rapidez a envolveu com uma estranha capa e a levou, com a falta de forçar, o tranco desses atos a fez desmaiar. Quando acordou estava na frente de uma lareira, em uma cama confortável, olhando ao redor viu a pacata sala, onde havia um rapaz cochilando num dos cantos das paredes, parecendo-lhe desconfortavel, e com os ruidos dela tentando se levantar ele acordou e foi rapidamente aos pés da cama onde ela estava e lhe perguntou se necessitava de algo, ela nada respondeu, mas seus olhos se inundaram de lágrimas e ele a abraçou, assim começou uma curiosa amizade, entre eles as coisas eram estranhamente tranquilas, e ambos amavam a natureza, embora ele não vivesse como ela vivera até pouco tempo, ele respeitava isso, e a admirava, e essa deliciosa amizade durou por anos e anos, tranquilos anos, onde ambos aprenderam muito um com o outro, e construiram um amor, livre de egoismos, onde ambos faziam o que realmente gostavam e viviam felizes no campo, que agora cuidavam juntos, e semeavam muitas arvores e plantinhas silvestres e viviam felizes até o fim de suas vidas...


(Perdão pelo texto sem sal, não foi exatamente para ter alguma graça, fiz pq estava precisando me expressar em palavras dessa vez...)

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